quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Confesso

Confesso acordei achando tudo indiferente


Verdade acabei sentindo cada dia igual


Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante


Quem sabe o amor tenha chegado ao final


Não vou dizer que tudo é banalidade


Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais



É mesmo exagero ou vaidade


Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás


Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz


Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Tanta coisa foi acumulando em nossa vida


Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder


Aos poucos fui ficando mesmo sem saída


Perder o vazio é empobrecer

Não vou querer ser o dono da verdade


Também tenho saudade mas já são quatro e tal


Talvez eu passe um tempo longe da cidade


Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais





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